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EM AQUARELAS

Lembrei-me do primeiro esboço de vida

Que tive ao buscar entender o amor,

Essencialmente brotaram-me, em água

E tinta fluida em pincel e luz, formas efêmeras.

 

Importante era compor praças completas,

Furtos da imaginação precoce,

De querelas mínimas, familiares, toscas,

Na busca por compreender o mundo.

 

Remédios não havia para a dor,

O alívio era compor, compor, compor,

Decompondo-me aquarelisticamente,

Nenhum cão doméstico a me consolar.

 

Nem sempre desenhos, muitas vezes só cores,

Encantadoramente tristes, melancólicas,

Transcorrendo a água feita a vida, lágrima,

Num misticismo que me prendia ao nada.

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Claudionor Ritondale

Claudionor Aparecido Ritondale, nascido em São Paulo, em 1957. Casado, pai de uma filha, amigo de cães, apreciador de vinhos. Mestre em Língua Portuguesa, com sólidos conhecimentos em Português e na área da Educação. Escritor premiado, com 41 livros editados e vários artigos sobre vários assuntos – poesia, contos, língua portuguesa, filosofia, viagens, crítica literária e de artes, administração. Revisor de textos, professor de Metodologia do Trabalho Científico. Faz palestras, ministra cursos e participa de videoconferências sobre o novo acordo ortográfico, ministra cursos de língua portuguesa pela internet. Autor de apostilas de Filosofia, Sociologia, Língua Portuguesa, Redação, Interpretação de Texto e Literatura para o ENEM. Tradutor de italiano, inglês, espanhol, francês e alemão, para particulares, empresas e editoras (textos técnicos e literários). Aposentado de um banco estatal, com experiência em programas de Treinamento e Desenvolvimento e universidade corporativa. Copyright © 2012 Claudionor Ritondale

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