Autoconhecimento pode ser algo muito complicado porque, se pensarmos em quantos níveis envolvem um ser humano, teremos muito o que pensar. Talvez tenhamos todos que estudar alguma ciência médica para conhecermos nosso corpo, que seria o nível físico de nosso ser, mas será que isso é realmente necessário? Li certa vez um filósofo que dizia que nós não conseguimos ter a sensibilidade necessária para nosso corpo, daí adoecemos, engordamos, transtornamos nossas feições de tal forma que ficamos feios, aparentamos antipatia, enfim, fazemos de nosso corpo algo pouco razoável para com ele. No nível psicológico, que é algo que muitos dizem que se relaciona ao comportamento (eu não defino assim), também as múltiplas possibilidades nos deixariam enlouquecidos. Escrevi certa vez que terapia era olhar de vez em quando sua sinceridade. O que é sinceridade? A palavra “sincero” não tem a origem popularmente divulgada na Internet de “sem cera”, nada disso: ela significa, na origem, algo que cresceu, que se desenvolveu de forma única, sem nós, sem acidentes. Olhar-se com sinceridade é, pois, retirar máscaras sociais de forçosa objetividade que impedem a visão subjetiva de nós mesmos. Só assim crescemos sem acidentes, de forma única, como uma árvore em franco desenvolvimento. Por enquanto, é só.