Segundo livro do poeta, publicado quando ele contava 24 anos de idade. A capa, sugerida pelo editor, era precária: a foto do autor. O livro teve certa acolhida por parte da crítica, com algumas críticas elogiosas em jornais, além de uma citação do autor entre os novos poetas do Brasil, à época, em ampla reportagem do crítico Antônio Zago, para o jornal Folha de São Paulo. O poeta participou de um festival de poesia falada, obtendo um quarto lugar com o poema “Reflexões em ritmo de discotheque”. Em busca de um lirismo social, o jovem poeta arriscava algumas metáforas mais ousadas e tracejava caminhos de esperança em seus versos. A dedicatória do livro espelha suas leituras de filosofia: o poeta dedica-o a toda a humanidade, por ter-lhe desvendado a noção absolutamente clara da precariedade (como o livro “Assim falava Zaratustra”, do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, que é dedicado a todos e a ninguém). Alguns leitores chegaram a observar a tendência à poesia filosófica já neste segundo livro.
Exercícios de Solidão
Primeiro livro do autor, cuja publicação original deu-se em 1980, quando o poeta contava apenas 23 anos. Algumas curiosidades sobre o livro são, por exemplo, a carta que o poeta enviou a Carlos Drummond de Andrade, referindo-se ao poema “No meio da pedra”, que faz uma paródia do “No meio do caminho”, de Drummond – o consagrado poeta respondeu a Claudionor agradecendo e assinando com suas mãos já trêmulas (a carta constituiu-se durante muito tempo numa preciosidade para o jovem poeta); ou o envio, por iniciativa de uma distribuidora (Atlântis Livros), de exemplares do livro para a Biblioteca Nacional da Austrália, o que muito envaideceu o jovem poeta. Recentemente, o livro foi citado num “blog” de telespectadores que enviavam mensagens a participantes do programa televisivo Big Brother Brasil. O autor da mensagem colocava este livro ao lado do grande poeta Walt Whitman, o que também envaideceu o poeta.